ILUMINAÇÃO DO AQUÁRIO MARINHO

Iluminação do aquário marinho

Iluminação do aquário marinho





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ILUMINAÇÃO DO AQUÁRIO MARINHO

A iluminação no aquário marinho é a principal fonte para que as zooxantelas (visite a página) façam a fotossíntese e produzam alimento para o coral hospedeiro e para si próprio. Sem a luz não é possível à sobrevivência dos organismos fotossintéticos, consequentemente para outros seres simbióticos.Um aquário marinho deve ter forte iluminação, esta é a ideia principal, haja visto que temos em mente que os corais estão em profundidades rasas e consequentemente recebem intensa luz solar.

No entanto, o exagero na iluminação pode fazer com que as zooxantelas hospedadas no coral sejam prejudicadas na execução da fotossíntese. Quando as zooxantelas e corais se sentirem ameaçados por excessiva iluminação utilizam um mecanismo de defesa que é a produção de ácidos e proteínas fluorescentes para se protegerem da radiação UV. Outro meio usado para a defesa é a retração dos pólipos, utilizado para proteger as zooxantelas do excesso de luz. Podemos notar que corais expostos em baixa luminosidade expõem seus pólipos ao máximo, a fim de coletar mais luz. As zooxantelas utilizam um processo chamado de extinção não-fotoquímica para se defenderem do excesso de luz, que é uma forma de dissipar o excesso de energia de luz na forma de calor, ajustando constantemente sua estrutura fotossintética.

Uma forte coloração do coral é obtida através de sua defesa, ou seja, ele produz pigmentos coloridos para se defender do excesso de luz que causaria danos ao seu tecido, embora que esta proteção causa grande stress ao coral devido a grande energia produzida para esta defesa.

O interessante é que corais já foram encontrados em águas profundas, abaixo de 100 metros, onde recebem menos de 0,1% da luz solar. Nesta profundidade as zooxantelas produzem mais pigmentos fotossintéticos, para maior proveito da pouca luminosidade. Por sua vez os esqueletos dos corais podem refletir esta baixa luz que será então aproveitada pelas zooxantelas.

Os corais são extremamente sensíveis à luz, podem detectá-la nos mais baixos níveis em grandes profundidades, inclusive do luar fraco.

Em águas profundas onde a iluminação é escassa, com pouca atividade das micro algas zooxantelas e consequentemente pouca nutrição por parte destas algas, os corais também se alimentam do plâncton, detritos e matéria orgânica dissolvida para compensar a perda de nutrientes que as zooxantelas poderiam lhe oferecer através da fotossíntese.

Então notamos a dificuldade encontrada pelos corais pela sua sobrevivência com baixa iluminação e chegamos à conclusão que quanto mais luz melhor, mas não o exagero. No mar, onde o fluxo d’água é intenso o coral é capaz de liberar o excesso de calor e oxigênio produzido pelas zooxantelas na fotossíntese. Isto nos leva a crer que quanto maior exigência de iluminação maior será o de fluxo d’água.

É muito complexa a questão da iluminação no aquário marinho, visto que cada espécie de coral tem sua taxa ideal de luz, ainda não está claro que corais duros precisam de mais luz que os corais moles, pois colônias de ambos podem prosperar lado a lado com a mesma intensidade de luz.

A coloração do coral não esta diretamente relacionada com a iluminação, quero dizer que sua coloração pode mudar de um aquário para outro, levando-se em conta nutrientes, compostos químicos e outras condições da água deste aquário.

Os corais podem apresentar coloração diferente, pois temos que analisar certos fatores que irão influenciar nisto: Iluminação e Alimentação. O espectro de luz e intensidade. As zooxantelas fornecem energia para os corais, mas estes também se beneficiam de partículas de comida existentes na coluna d’água.

Estes itens influenciam na saúde do coral. O número de zooxantelas que hospedam no coral também irá competir com a cor do tecido deste. Assim penso eu.

Isto levando em consideração que os parâmetros estão ideais para os corais.

A iluminação no aquário marinho é essencial para o progresso dos corais, se você comprou uma Acropora, por exemplo, e após algumas semanas ela começou a ficar marrom pode ser baixa iluminação ou excesso de nutrientes inorgânicos forçando as zooxantelas a produzirem mais clorofilas e outros pigmentos fotossintéticos, fazendo com que o coral fique marrom. Ou até mesmo ocasionando uma reprodução maior de zooxantelas. O coral vai dispor de todos seus mecanismos para se adaptar à falta de iluminação, então a cor marrom não significa que o coral esta morrendo, ele apenas esta se adaptando.

A melhor iluminação no aquário marinho deve ser composta por luzes brancas, azuis e violetas. As azuis são as que mais fazem bem aos corais. Testes realizados mostram que a intensidade da luz azul e violeta penetram mais do que as outras cores, o comprimento das ondas (luminosidade) atinge maior profundidade na água dos oceanos. As zooxantelas e outros organismos fotossintéticos utilizam mais a luz azul que as outras cores.

Eu aconselho você caprichar na quantidade de luz azul, vá colocando lâmpadas de LED azul, aquelas que contêm Leds brancos e azuis. Não apenas branco.

Vá acrescentando aos poucos, observando a reação dos corais. Eu aconselho, como citado em outra página 1,5 W para cada litro de água de você tiver corais duros. Se você tiver um aquário de 200 litros colocar 300 W de iluminação, não conte as rochas ou substrato para este fim, exclua-os da contagem, deixe apenas água.

Não tenha receio de exagerar, haja visto que os corais regulam a quantidade de luz que os atinge. Também controlam a quantidade de zooxantelas que os habita.

No entanto, o que pode ocorrer é a mudança da coloração do coral, pois as zooxantelas podem mudar seu pigmento, dependendo do espectro de luz disponível, sempre se adaptando as condições de iluminação que colocamos no aquário. Obviamente não chegar ao extremo. Observação acima de tudo.

É importante saber se o coral que você vai colocar no aquário prefere maior ou menor intensidade de luz. Acroporas por exemplo, preferem forte iluminação, então devemos coloca-la no alto, no topo das rochas para ficarem mais próximas às lâmpadas. O coral Montipora com tecidos verdes apresentam fluorescência quando expostos a luz azul e violeta.

Para podermos enxergar a fluorescência nas cores dos corais é necessário o equilíbrio na iluminação. O excesso de iluminação também leva o coral ao branqueamento.

Ao comprar uma lâmpada para seu aquário você deverá saber quantos Kelvins (K) emite a luz, que é a temperatura de cor ou espectro, quanto maior o número de Kelvins mais azul é o espectro da lâmpada. Lâmpadas que atingem 10.000K são melhores. Mas lâmpadas modernas com LEDs azuis e brancos você não precisa verificar isto, pois são as ideais.

Felizmente quando fazia esta página, lâmpadas LED já estavam dominando a parte de iluminação dos aquários marinhos, embora que ainda muito caro aqui no Brasil. As lâmpadas de Led tem maior eficiência e não gera calor, o que é muito importante para o aquarismo marinho. As lâmpadas LED vieram para substituir as T5, T8, T12, HQI, etc. Se você tiver condições de trocar suas lâmpadas (se já não o fez) por as de LED faça. Não se esqueça de comprar aquelas mistas com cores brancas e azuis.

O tempo que as luzes deverão ficar acessas fica entre 10 a 12 horas, simulando o mesmo período nos oceanos. Poderá haver combinações para simular o amanhecer, o entardecer e o luar.

A iluminação do aquário marinho é um assunto complexo, mas deixo aqui minhas dicas, não é preciso “esquentar muito a cabeça” para se ter bons resultados, basta seguir meu conselho de 1W(mínimo) à 1,5W(máximo) por litro, Kelvins de 10.000 ou acima.

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