PEIXES ABISSAIS

Peixes abissais

Peixes abissais





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PEIXES ABISSAIS

Planície abissal é a área plana do fundo do mar, com profundidades de mais de 4.000 metros abaixo do nível do mar.

Obs.: A Fossa das Marianas tem 11 (onze) quilômetros de profundidade, é o local mais profundo dos oceanos.

Organismos que vivem nas planícies abissais têm metabolismos extremamente lentos e pode passar meses sem comer.

Cientistas descobriram recentemente um alto índice de biodiversidade nas planícies abissais, a existência de cerca de 2.000 bactérias, 250 protozoários e 500 espécies de invertebrados.

Ainda que muitas espécies sejam desconhecidas pelo homem os peixes abissais são incríveis, fascinantes e sem sombra de dúvida misteriosos, com aparência estranha.

Os peixes abissais são encontrados nos oceanos a uma profundidade de por volta de 5 mil metros, motivo pelo qual conhecemos apenas cerca de 20% das espécies. Sua aparência estranha se dá pelo fato da pressão atmosférica (entre 3.500 a 4.000 psi), falta de luz, frio, pouco oxigênio e outras condições que favoreceram a adaptação anatômica no mar profundo.

Uma destas adaptações são suas bocas grandes, inclusive o estômago, capazes de devorar peixes com o dobro do seu tamanho. Possuem esqueleto leve (pouca estrutura esquelética), apenas carne gelatinosa.

Em meio à escuridão, ausência de algas e plantas, poucos peixes nesta região, os peixes abissais desenvolveram técnicas peculiares de caça e para sua sobrevivência, tais como: Capacidade sensorial; Reflexos rápidos; Bioluminescência (atrai presas e parceiros para reprodução); Hermafroditismo e outros.

Em virtude da escuridão muitas espécies de peixes abissais tem olhos pequenos ou simplesmente não enxergam. Curiosamente também ocorre o opôsto: Olhos muito grandes, com ampliação globular, isto para captar mais luz possível.

Existem várias espécies abissais, como os crustáceos, águas-vivas, esponjas, os peixes-dumbo, os peixes de vidro, e muitos outros.

Alguns peixes abissais foram encontrados na superfície após Tsunamis e Furacões.

O peixe-pescador (peixe-diabo ou tamboril), Lophius piscatorius, é uma espécie de peixe-sapo existente no nordeste do Atlântico (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe-pescador).
(O nome pode mudar de acordo com o país, região, etc)

Há quem diga que o O Peixe pescador, (Melanocetus johnsonii, diabo-negro-do- mar) é um parente muito próximo do Tamboril. (divergências)

Tamboril: Existem mais de 200 espécies pertencentes ao gênero Lophius (peixes lophiiformes).

Além do nordeste do Atlântico, o Tamboril vive no Mar do Norte, e as águas do Estreito de Gibraltar e do Mar Mediterrâneo. Podem ser encontrados a partir de uma milha de profundidade.

O Tamboril (Lophius piscatorius) possui uma enorme cabeça, desproporcional ao corpo, com uma boca em forma de lua-crescente, cheia de dentes bem afiados, translúcidos e virados para dentro, impedindo a fuga de sua presa, com sua peculiar antena no alto da cabeça, que parece uma vara de pesca (daí seu nome Peixe-pescador). O Tamboril pode medir até 170 cm de comprimento.

Esta “antena” é um pedaço de sua barbatana dorsal modificada (o illicium), que também é encontrado em outras espécies de peixes abissais, porém de modo diferente.

O peixe Tamboril utiliza desta “antena” para capturar suas presas. Emitindo bioluminescência na ponta da “antena” (isca) atraindo uma criatura curiosa, e num rápido movimento (reflexivamente) engole sua presa, que poderá ter até o dobro do seu tamanho. Para este processo o Tamboril se camufla no fundo do mar.

Somente a fêmea possui esta “antena”, os machos são 40 vezes menores que as fêmeas.

A fonte de bioluminescência são bactérias simbióticas, que sintetizam produtos químicos. Estas entram nos poros de sua “antena” e multiplicam-se tornado um “brilho coletivo” que o peixe aprendeu a usar como isca.

A fêmea libera grande quantidade de feromônios para atrair o macho, logo ele vai localizá-la graças a seus órgãos olfativos sensíveis, e se funde ao seu corpo, fertilizando os seus óvulos e tornando-a hermafrodita.

Como citado acima, os machos são 40 vezes menores que as fêmeas, e quando no acasalamento, eles se tornam parasitas da fêmea. Os machos só irão amadurecer se parasitarem numa fêmea, caso contrário morrerão. O trato digestório do Tamboril macho vai ficando atrofiado, impossibilitando-o de se alimentar, suas mandíbulas não são eficazes para captura de presas, sendo assim, para sobrevivência do macho é necessário encontrar uma fêmea para parasitar.

O Tamboril macho (Lophius piscatorius) ao encontrar uma fêmea morde sua pele soltando uma enzima que corrói tanto a pele quanto sua boca, fundindo-se à fêmea, tornando-se hospedeiro da fêmea, que através dos vasos sanguíneos da fêmea irá se alimentar receber os nutrientes necessários à sua vida, em troca fornecerá espermatozoides para a fêmea. Os machos viverão até que a fêmea morra, e participarão de várias desovas. Ela terá um parceiro sempre disponível para oferecer espermatozoides. Poderá ter vários machos acoplados ao seu corpo.

Muitas famílias do Tamboril, incluindo Melanocetidae, Himantolophidae, Diceratiidae e Gigantactinidae, não apresentam evidência de parasitismo.

A fêmea, após a fecundação, libera por volta de cinco milhões de ovos, que ficam grudados à uma espécie de fita gelatinosa flutuante, que eclodirão por volta de 20 dias. Após a eclosão tornam-se parte do zooplâncton e só após 4 meses irão se assentar no fundo do mar onde se desenvolverão.

Curiosidade: Na Europa e na América do Norte, a carne da cauda do Tamboril (gênero Lophius), ou peixe-ganso (América do Norte), é amplamente usada na culinária e é comparada à cauda de lagosta no sabor e textura. Na Ásia, especialmente na Coréia e no Japão, o fígado de Tamboril é considerado uma iguaria.

Nos anos 30 foram realizadas as primeiras viagens tripuladas a profundidades de até mil metros.

O pesquisador e engenheiro suíço Jacques Piccard, (28/07/1922 – 01/11/2008), junto com o americano Don Walsh, alcançaram em 23/01/1960 pela primeira vez a Fossa das Marianas, no Pacífico, tripulando um submarino chamado “Trieste”, construído por ele e por seu pai. Bertrand Piccard, seu filho, tem um projeto de avião solar.
Para o mergulho de 10.916 metros de profundidade, seu veículo teve que resistir uma pressão de cerca de 16.883 psi, semelhante a mais de mil vezes a pressão atmosférica ao nível do mar, que é de 14,7 psi (libra por polegada quadrada).
Jacques Piccard construiu o primeiro submarino de passageiros do mundo.

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Video n° 1                Video nº2

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