DRAGÃO AZUL

Dragão Azul





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DRAGÃO AZUL


Dragão Azul
Dragão-azul (Glaucus atlanticus)
Classe: Gastropoda
Ordem: Nudibranchia
Família: Glaucidae

O Dragão Azul ou Glaucus atlanticus, é um nudibrânquio, hermafrodita, pelágico, que se encontra em todos os oceanos, com mais frequência no Havaí, na costa leste e sul da África do Sul, em águas europeias, na costa leste da Austrália, nas costas de Moçambique, inclusive no Brasil. Prefere águas tropicais e temperadas, em sua fase adulta chega aos 4 centímetros.

Glaucus atlanticus é uma espécie de lesma-do-mar pelágica, pertencente ao grupo dos moluscos nudibrânquios da família Glaucidae, sendo a única espécie conhecida do gênero Glaucus, vive flutuando de ventre para cima, próximo de recifes de coral.

Dragão Azul

 

 

 

 

 

 

A cópula do Dragão Azul se dá pela região ventral, enquanto que na maioria dos nudibrânquios se dá pela lateral, geralmente a direita. Após a cópula produz de 4 a 6 cargas de ovos, cada uma contendo 36 a 96 ovos. Um único Dragão Azul é capaz de produzir até 8.900 ovos por dia. Devido à falta de um substrato duro para fixar os ovos, os ovos frequentemente flutuam livremente na água ou são colocados sobre os restos de presas até a eclosão das larvas.

Devido aos detalhes em seu apêndice faz lembrar a semelhança de um mini dragão. Ele possui seis apêndices que se ramificam em suas laterais, que na verdade é um pé com seis ramificações simétricas, decoradas com raios alongados, com faixas de azul fluorescente ou preto, no fundo azul claro ou cinza. Através destes apêndices ele pode se mover lentamente para capturar suas presas. Há casos em que exibe comportamento canibal, predando exemplares da própria espécie, talvez por escassez de comida.

Dragão Azul

 

 

 

 

 

 

 

A coloração do Dragão Azul colabora para enganar seus predadores, as listras escuras ventral (virada para cima) o ajuda a se esconder (disfarçar) de aves, enquanto a cor azul clara dorsal (virada para baixo) o ajuda a se esconder de predadores mais para o fundo do oceano.

É um predador de cnidários pelágicos, e as presas principais são as águas vivas incluído a caravela portuguesa (Physalia physalis). Tem imunidade ao veneno das suas presas. Depois de ingerir sua presa venenosa, o Dragão Azul armazena as toxinas para seu próprio uso como defesa, em sacos especializados nas suas extremidades ou dedos, armazena os nematocistos picadores criados pelas criaturas das quais se alimenta. Como muitos animais coloridos, a coloração florescente indica veneno, é um sinal visual para os outros para evitar contato.

Dragão Azul

 

 

 

 

 

 

 

Além do Dragão Azul armazenar a toxina da caravela, também tem a capacidade de potencializá-lo, porém não apresenta risco de morte para o homem, mas ocasiona queimaduras severas.

Possui pequenos dentes afiados que trituram suas presas, após aplicar seu veneno para imobilizá-la.

É pelágico, por isto o Dragão Azul fica no mar aberto, mas pode vir para as praias e regiões litorais através dos ventos, correntes e nas marés, assim também ocorre com as Caravelas-portuguesas, que são suas presas. Ocorre na superfície da água, sempre flutuando cabeça de baixo, graças a uma bolsa de gás que possui em seu estômago. O que pensamos ser o dorso do animal é na verdade o ventre, região que nos nudibrânquios chamamos de pé, a posição normal dele é flutuando de cabeça para baixo. A combinação dos efeitos resultantes da posição do saco e da tensão superficial da água faz com que se mantenha em posição invertida: a superfície dorsal é na realidade o pé.

Curiosidade: No Pacífico ocorre um animal semelhante, atualmente conhecido por Glacilla marginata e que alguns cientistas consideram que na verdade “marginata” seja um grupo de espécies composto pelos Dragões-azuis-do-Pacifico-sul (Glaucilla bennettaei) e por duas espécies de Dragões-azuis-do-Pacífico-Norte (Glaucilla thompsoni e Glaucilla mcfarlanei), além do próprio Glaucilla marginata.

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