Jundiá no aquário
JUNDIÁ NO AQUÁRIO
Olá leitores… Hoje vou falar do Jundiá no aquário, é um peixe indicado para quem gosta de peixes jumbos.
No aquário o Jundiá (Rhamdia quelen) pode chegar aos seus 50 centímetros, isto se o aquário for bem grande, em torno de 1000 litros, mas chega facilmente nos seus 40 cm em aquários menores (500 litros). Ele vai viver por aproximadamente 10 anos quando bem tratado. Cuidado ao manejar o Jundiá, porque ele tem raios espinhosos venenosos.
Obs.: Você também poderá criar o Jundiá em caixa d’água ou num laguinho, onde viverá muito bem. O Jundiá é um peixe de personalidade, irá reconhecer seu dono e até vai comer na mão dele.
Em aquário comunitário o Jundiá se dá bem, mas os outros peixes tem que ser maior ou do mesmo tamanho que ele, senão ele irá comê-los. Você pode colocar junto a Tilápia; Cascudo; Oscar; Traíra, Ciclídeos grandes e muitos outros peixes jumbos.
O aquário para o Jundiá deverá ter rochas e troncos, onde servirá para abrigo na qual passará boa parte do tempo. O cascalho pode ser de rio, preferencialmente bem fino. Se você tiver uns 7 cm de cascalho com pedrinhas ele provavelmente vai cavar para fazer tocas. O aquário não precisa ser muito iluminado, o Jundiá não gosta de muita luz.
Ele costuma ser agressivo, territorialista com a mesma espécie, então cuidado ao colocar outro bagre.
Ele é um onívoro, sempre faminto, come de tudo, mas tem excelentes rações industrializadas no mercado, onde você poderá comprar a ração para carnívoros. Você poderá servir peixinhos pequenos como comida, tais como o lambari e guaru, seus preferidos, mas também pode dar minhocas, larvas, crustáceos, vegetais cozidos, pedaços de salsicha e outros. Ele consegue expandir seu estômago para caber grande quantidade de comida.
É muito fácil a criação do Jundiá no aquário porque ele aceita grande faixa de PH e temperatura, sendo PH de 6.0 a 7.0 (preferencialmente 6.0) e temperatura entre 22ºC a 28ºC (preferencialmente 27ºC constante), e a dureza indiferente (preferencialmente mole). Água bem oxigenada com leve correnteza. Ter bons filtros é regra geral.
Se reproduz facilmente desde o primeiro ano de vida, e não apresenta cuidado parental. A fertilização é externa. São colocados ovos postos no fundo sem aderência, incubando após cerca de 48 horas a 22°C. Dez dias depois, as larvas pesam aproximadamente 100 mg, mas o crescimento é lento (0,5 a 1,15 g por dia).
O nome “Jundiá” é utilizado popularmente para diversas espécies, e poderá apresentar outros nomes, tais como: Peixe Onça; Nhurundia; Mandi-Guaru; Bagre-Sapo; Bagre amarelo; Bagre da lagoa; Bagre guarié; Bagre morcego; Jandiaí; Jundiá amarelo; Mandi guaru; Nhandiá e Sapipoca.
Na natureza o Jundiá habita os rios e lagos com fundo arenoso, com folhas mortas, a procura de comida. Desova em águas limpas e calmas com fundo pedregoso. Desova duas vezes por ano, sendo uma no começo do verão e outra na primavera.
Existem várias espécies de Jundiá que você poderá criar no aquário, o de cor acinzentada escura com ventre branco o albino e o Jundiá Onça, que por sinal é meu preferido, mas também existem de outras cores, apenas citei os comuns.
Dimorfismo Sexual
Os machos apresentam uma protuberância característica e facilmente percebida, além de expelir sêmen após massagem ventral no sentido céfalo-caudal. Outra característica observada, e que facilita a identificação dos sexos, é o crescimento reduzido dos machos em relação às fêmeas.
Curiosidades: O Jundiá costuma passar o dia mais entocado e sai para se alimentar a noite, porém ele possui orientação olfativa, que são seus “bigodes” (6 barbilhões), portanto, assim que você colocar comida no aquário ele irá sentir o cheiro e logo buscar, também vai usar seu “bigode” para fazer uma varredura tátil na superfície.
Na piscicultura o Jundiá é um forte concorrente, pois possui carne saborosa, pouca gordura, quase sem espinhos. É viável sua criação porque oferece bons resultados econômicos.
Para os amantes da pesca a melhor isca para pescar Jundiá é Minhoca ou Lambari.