LAMPREIA

Lampreia

Lampreia





PESQUISE ABAIXO SE NÃO ENCONTROU:

LAMPREIA

A Lampreia, em sua fase larvar pode viver até sete anos nos rios onde nascem, e após sofrerem uma metamorfose, para chegar à fase adulta, migra para o mar. Uma vez na água salgada, se desenvolvem até atingir uma maturidade sexual, processo que pode chegar a um ou dois anos, para depois retornar à água doce, reproduzir e morrer. São gerados milhares de pequenos ovos, enterrados em ninhos, por cada fêmea, sem reservas nutritivas. A Lampreia é adaptada a viver em diversos ambientes, tanto em salinidade, profundidade, temperatura etc.

As Lampreias se reproduzem de maneira sexuada.

Algumas espécies de Lampreias são parasitas que sugam o sangue de outros peixes através de fendas abertas pela língua-raspadora capaz de ralar a pele e as escamas. No oceano, elas se prendem a um golfinho, tubarão ou baleia e chupam aquele peixe hospedeiro maior para se alimentar dos nutrientes. A saliva da Lampreia contém anticoagulantes, então ela pode tranquilamente sugar os fluidos do peixe parasitado, e estes podem morrer pela perda excessiva de sangue ou até por infecção.

As Lampreias são anádromas, e pertencem à ordem Petromyzontiformes, agrupadas na família Petromyzontidae.

Geralmente apresentam 30 cm ou 60 cm de comprimento, mas a espécie Petromyzon marinus pode chegar aos seus 120 centímetros, com 2 Kg, e vive por volta de 9 anos.

A Lampreia possui um corpo cilíndrico e liso, parecida com o formato de enguia, cauda comprida e escamas secretoras de muco pelo corpo. A boca circular, de diâmetro idêntico ao do corpo e reforçada por um anel de cartilagem, é repleta de dentes córneos e uma língua raspadora cartilaginosa, porém não possui mandíbula. Possui duas longas barbatanas dorsais distintas. Não possui escamas.

As larvas das Lampreias são conhecidas como amocetes ou ammocoetes e se destacam por viverem apenas em água doce, e se alimentam, principalmente, de micro-organismos e detritos orgânicos presentes na água.

Possui uma boca circular que funciona como uma ventosa e as ajuda a se fixarem no corpo de outros animais e também para se agarrarem às pedras ou na vegetação. Não têm mandíbula.

A Lampreia, em sua fase larval, se alimenta por filtração, na fase adulta, para se alimentar, retira sangue e outros fluídos de outros animais.

Existem cerca de 40 espécies de Lampreias no planeta, felizmente nenhuma no Brasil, porque podem se tornar um grande problema como veremos adiante.

Uma espécie de Lampreia é muito consumida na Europa, onde está se tornando um prato raro devido sua escassez. As larvas também são usadas como isca para a pesca de outros peixes.

Na América do Norte, uma operação da Comissão de Pesca dos Grandes Lagos, que mantém um programa transfronteiriço para controle das populações das Lampreias marinhas estão tendo um problema temporário nos seus objetivos pela da paralisação dos serviços em virtude da Covid-19.

Perto do porto de Toronto e a 27 milhas das Cataratas do Niágara, a cada 10 peixes pescados, quatro deles tinham claros sinais de buracos causados por Lampreia, alguns com várias feridas em diferentes estágios de cicatrização. Um sinal de que as populações de Lampreias do mar haviam aumentado consideravelmente. É um cenário que preocupa os cientistas também. Durante as décadas de 1940 e 1950, quando as populações de lampreias marinhas da região atingiram seu pico, eles dizimaram a pesca, acabando com os meios de subsistência e causando estragos no ecossistema dos lagos. Desde então, a espécie tem sido objeto de um robusto programa de controle transfronteiriço. Mas esse programa foi interrompido significativamente durante 2020 e 2021 em meio a restrições de pandemia.

Cientistas, biólogos e conservacionistas estão preocupados com as consequências dessa interrupção pela Covid-19, porém o controle populacional das Lampreias está voltando ao normal.

A comissão, estabelecida por um tratado de 1954 entre o Canadá e os Estados Unidos, supervisiona o programa de controle da Lampreia marinha nos cinco Grandes Lagos. Para proteger a pesca de US$ 7 bilhões dos Grandes Lagos, os dois países gastam cerca de US$ 25 milhões anualmente no controle da Lampreia marinha, com os EUA contribuindo com quase 70% do financiamento. Embora existam mais de 180 espécies invasoras nos Grandes Lagos, nenhuma é mais destrutiva do que a lampreia marinha.

Lampreia

Lampreia

O esforço de controle não é apenas caro, mas também trabalhoso. Para fazer o trabalho direito, é essencial alinhar os tempos de tratamento com o ciclo de crescimento da lampreia – um cronograma preciso que a pandemia deixou dois anos fora do alvo.

O truque para controlar as Lampreias marinhas é impedi-las de se metamorfosear e se mover além dos riachos. Equipes do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA e da Pesca e Oceanos do Canadá tratam os riachos mapeados com pesticidas seletivos às Lampreias, chamados lampricidas, matando cerca de 98% delas. Em 2020, na pandemia, as equipes de trabalho só conseguiram tratar 25% do planejado, mas em 2021 esse número já subiu para 75%.

Enfim, durante a pandemia do Covid-19, no mundo inteiro, muitos trabalhos no combate às espécies invasoras, foram interrompidos, como por exemplo, ratos na Nova Zelândia, Camundongos no Havaí, algumas plantas na Califórnia, entre outros. Os biólogos manifestaram suas preocupações e os trabalhos voltaram com força total.

Vendo produtos de aquarismo no Mercado Livre Comida de Corais