NUTRIENTES DO AQUÁRIO MARINHO

Nutrientes do aquário marinho

Nutrientes do Aquário Marinho





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NUTRIENTES DO AQUÁRIO MARINHO

Você já deve ter lido várias vezes nas páginas deste site, para reduzir os nutrientes da água do aquário, visto que o excesso irá causar o surgimento de algas indesejáveis.

Quais são estes nutrientes?

Se você está pensando em Amônia, Nitrito ou Nitrato está errado, pois estes são eliminados pelo filtro biológico, ou seja, pelas bactérias. Estas bactérias estão em toda parte, no filtro, nas rochas, no substrato, etc.

Já vimos que as bactérias transformam a Amônia em Nitrito e posteriormente em Nitrato, falando de forma resumida, a Amônia também é consumida pelos corais e anêmonas. Os corais utilizarão esta Amônia no processo de fotossíntese, as sobras de Amônia serão oxidadas pelas bactérias nitrificantes. O Nitrato será “consumido” pelas bactérias anaeróbicas, as que ficam no substrato. Você pode consultar sobre o Ciclo do Nitrogênio ou Ciclo do Azoto, neste site.

Então quais nutrientes que devo se preocupar?

Os nutrientes do aquário marinho que devem ser reduzidos ao máximo são os Fosfatos, Silicatos e Dióxido de carbono, são estes que fazem proliferar as algas indesejáveis, podendo até causar um surto delas, consequentemente por em risco a estabilidade do sistema.

De onde vem o Fosfato no aquário?: O Fosfato pode entrar de várias maneiras: Na água de reposição; na comida oferecida aos peixes e corais; no carvão ativado e até no próprio sal sintético.

A recomendação é alimentar os peixes e corais somente o necessário, evitando-se ao máximo as sobras, pois na própria comida contém fosfatos. Também há no carvão ativado, característica de sua produção, uns com menos quantidades outros com mais. O fosfato encontra-se em toda matéria orgânica, seja de origem animal ou vegetal, motivo pelo qual se encontra na comida oferecida, umas com menos outras com mais quantidades.

Note que não se deve alimentar a equipe de limpeza, os invertebrados, estes terão que ir de encontro às sobras, o excesso, daí seu nome.

A redução de fosfatos colabora na calcificação dos corais.

Uma dica para eliminar fosfato do carvão ativado é deixá-lo mergulhado em água DI ou RO por algumas semanas, às vezes por 1 mês dependendo da quantidade de fosfato que o contém. Muitos carvões são tratados com ácido fosfórico na sua fabricação.

A utilização do carvão ativado no aquário marinho gera muitas controvérsias, por estes e outros motivos, razão pela qual sugere-se a utilização somente em casos excepcionais, numa situação de emergência.

Utilize um kit de teste de fosfatos para conferir se a marca do sal sintético que você usa é ideal. Alguns deles apresentam fosfatos.

Quando você preparar a água para reposição ou para uma TPA, utilize um medidor TDS e confira se o resultado for ZERO, isto irá lhe garantir que não irá repor fosfatos no aquário. Se você tiver condições em utilizar a osmose reversa ou inversa (RO) não terá problemas com fosfatos, silicatos e outros.

O excesso de silicatos na água do aquário marinho ocasiona algas marrons nos vidros e no substrato. São as algas unicelulares diatomáceas. Normalmente as diatomáceas surgem quando o aquário ainda não está maturado, quando está passando pelo ciclo do nitrogênio. Consulte neste site sobre isto.

Finalmente o último nutriente para esclarecer, que é o Dióxido de Carbono. O Dióxido de carbono estará sempre presente na água do aquário, e necessário para os organismos fotossintéticos, porém os níveis devem ser controlados, pois o excesso deste nutriente ocasionará variações do PH bem como o surgimento e desenvolvimento de algas verdes.

Para o controle deste nutriente (Dióxido de carbono), basta apenas fazer com que haja movimento na superfície da água do aquário, podendo usar ventoinhas, wave-makers, geradores de ondas, Skimmer,etc.

Enfim, quando falo em reduzir nutrientes, não significa que você deva parar de usar carvão ativado ou reduzir a alimentação, toda hora entra nutrientes no aquário, no cocô dos peixes, na fotossíntese, na comida, etc, mas sim em exportar o excesso, usando um bom Skimmer, filtro biológico em dia (ver matérias neste site), usar água DI ou RO, trocas de águas parciais semanalmente, reposição de bactérias, equipe de limpeza, etc. Havendo um equilíbrio no ecossistema marinho tudo estará bem, tudo será consumido e transformado continuamente, como resultado teremos uma água cristalina, sem excessos, e níveis mínimos de nutrientes.

Utilize as bactérias, elas fazem um “ótimo serviço” para reduzir fosfatos e muitos outros, mais precisamente o Nitrato. Se necessário utilize Vinagre para acelerar sua proliferação, pois contém ácido acético, que é uma fonte de carbono. O excesso delas será exportado para o Skimmer juntamente com os nutrientes que consumiram. O indicado é 15ml semanalmente para cada 378,5 litros de água do aquário. Se preferir, utilize Vodka, veja matéria neste site.

Veja que um bom Skimmer é fundamental para quem usa alguma fonte de carbono para proliferação de bactérias, elas irão consumir nutrientes, mas também irão morrer, e se não exportá-las para o Skimmer morrerão no aquário liberando os nutrientes que consumiram.

As bactérias também são uma fonte de alimento para invertebrados, corais, moluscos e esponjas.

Atualmente a novidade é Biopellets, uma mídia que libera lentamente alimentos orgânicos que promove a proliferação de bactérias, cuja função é a redução de nitrato e fosfato. Estas mídias podem ser usadas no filtro biológico ou num reator fluidizado. É uma ótima opção, embora que com o tempo é preciso repor as mídias.

A boa iluminação também é um importante item para desenvolvimento dos corais (fotossintéticos). Alguns deles consomem mais nutrientes que outros, o coral Zoanthus é um deles, consome grandes quantidades de nutrientes, se você reduzir isto a colônia irá bem devagar, o que provavelmente está acontecendo agora, visto que reduzimos ao máximo a quantidade de nutrientes. Anêmonas e moluscos também se beneficiam de nutrientes, isto também é chamado de “exportar nutrientes”. Ter um refúgio com macroalgas também é uma boa opção para exportação de nutrientes.

É fantástica as alterações do ambiente num aquário marinho, fiz vários testes, por longo tempo deixei a água rica em nutrientes (neste caso: matéria orgânica) e também por longo tempo deixei com o mínimo de nutrientes possível. Quando rico em matéria orgânica os corais se desenvolveram mais rapidamente, porém as algas também cresciam, e quando deixei o mínimo, os corais não se desenvolviam, mas também não morriam apenas estacionavam. Diante disto achei o melhor caminho o equilíbrio. Ofereço comida aos peixes e corais, mas de forma que não haja sobras.

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